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Hateen e Sallys Home – Aldeia Rock Bar – Jundiaí/SP – 30/11/2013

Hateen Aldeia
Foto: Mônica Mors

Já vi o Hateen ao vivo em diversas oportunidades, e cada uma delas em fases diferentes, já presenciei o Hateen no frescor da sua “Odiosa Adolescência”, com canções em inglês e postura independente. Assim como também assisti-los logo na assinatura do contrato com gravadora major onde a bola da vez era o single em português 1997.
Depois com o lançamento do cd MTV Ao Vivo 5 Bandas de Rock vi o Hateen com status de banda Pop e depois das desilusões com o mainstream e a morte silenciosa da industria fonográfica vi o Hateen resgatando o seu passado glorioso em um show revistando o álbum mais importante e influente de sua discografia, o Dear Life, e nesse último sábado tive a oportunidade de assisti-los na minha cidade natal, Jundiaí, e presenciar uma nova fase do conjunto.

Antes do quarteto paulistano subir ao palco da já clássica e aconchegante casa de Rock jundiaíense “Aldeia Rock Bar”, quem esquentou as turbinas e animou a festa foi a galera do Sallys Home, jogando em casa o time formado por Ricardo Dariva (Vocal e Guitarra), Danilo Braga (Guitarra) e Evans (Bateria) tinha o desfalque do baixista Fabio que havia quebrado a perna, mas mesmo com a ausência dos graves não faltou peso, punch e velocidade na apresentação dos garotos.
Divulgando o mais recente EP Summer (s)Hit canções como Like a Grey Monday, Summer e Hello sendo essa última com videoclipe já rolando no youtube caiu na boca da galera, mostrando que a banda tem o seu publico fiel.
O EP de estreia do quarteto o Waiting For Destruction foi também relembrado no show com as clássicas All Ok, Descendents t Shirt além é claro do hit: You Don’t Play Rock You Just Play Shit com a participação da lenda jundiaiense (e irmão do Ricardo Dariva) F. Nick (Fistt) sendo o ponto alto do show.
Jogo ganho, parabéns Sallys Home, e aqui fica o nosso orgulho de termos vocês ao lado Fistt como representantes do Hardcore da “Terra da Uva”.
Após uma demorada passagem de som lá estava no palco os donos da noite: Leon Luthier (Baixo), Fábio Sonrisal (Guitarra e Voz) e o poeta da nossa geração: Rodrigo Koala (Voz e Guitarra), era o Hateen pisando pela quarta vez em solo jundiaiense e dessa vez com reforço de Thiago Carvalho nas baquetas substituindo o popular Ricardo Japinha, que na ocasião se apresentava com o CPM 22 em Brasília, porém tal ausência nem foi sentida, devido a desenvoltura e técnica apurada de Thiago. Oh Hateen, efetiva o cara logo ai pô?
O show deu a largada com Eu Voltei faixa de abertura do mais recente disco Obrigado Tempestade, lançado em 2011 e disponibilizado na integra na internet para download gratuito. A faixa-titulo veio logo na sequencia, com a plateia toda em uníssono, mostrando todo poder de fogo da banda.
De Obrigado Tempestade ainda tivemos, Você Não Pode Desistir, Laser, Aonde Quer Que Você Vá, Pra Sempre Nunca Mais, Sem Ninguém além do Single da vez: Depois Que Todos Vão Embora.
De Procedimentos de Emergência, o primeiro disco da banda em português tivemos o Hit-maker: Quem Já Perdeu Um Sonho Aqui? Além de Não Vá e Uma Vida Sem Saudade com a impecável introdução de baixo tocada com a maestria pelo garoto Leon.
Para os saudosistas duas grandes surpresas, Danger Drive a música que define o Hateen e toda sua carreira foi relembrada causando um verdadeiro tsunami emocional entre os presentes, além de um cover impecável de Drag My Body do Hot Water Music, que segundo o próprio Koala, tocar essa música lhe causa orgasmos múltiplos.
A desenvoltura e despojamento da banda no palco é o que dá tônica a apresentação, extremamente divertidos, no intervalo de cada canção sempre há uma piadinha, uma tiração de sarro, uma interação com plateia a ponto de arrancar gargalhadas da mesma, e um Bullying generalizado entre os integrantes. São pequenos fragmentos que vem a acrescentar na irretocável apresentação da banda.
O set-list ainda contou com Minha Melhor Invenção, single do álbum MTV Ao Vivo 5 Bandas de Rock. 1997 a música que apresentou o Hateen para um mundo que ainda não os conhecia fechou a apresentação com chave de ouro. É claro que faltaram músicas, é claro que deveriam ter dado uma pincelada maior no seu repertório em inglês, mas uma banda do tamanho e importância do Hateen com clássicos ao vento sempre vai ficar um ou outro de fora.

Agradeço e parabenizo ao Fabiano Nick e a sua Oba Records que trouxe esse estupendo show para nossa adorável terra caipira e fica aqui também o meu agradecimento ao Hateen, presença constante na chamada trilha sonora da minha vida, e que depois de uma vasta trajetória repleta de acertos, conquistas, desilusões e erros nos presenteou com um grande show em sua melhor forma e também sua melhor fase, como diz a canção “Sucesso é fazer o que se ama nessa vida, não sua pose falsificada em outra capa de revista”.

Obrigado e volte sempre!!!

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