Bruno Vieira Fala

Manuel foi… do céu para o inferno?

ED

 

Por Bruno Vieira

Acredito que ainda, ainda não!

Já faz uma semana e alguns dias do ocorrido fato e tenho certeza que quem acompanhou a polêmica, esteja cansado do assunto. Mas não poderia deixar de fazer um pequeno comentário sobre.
Não vou descrever aqui o texto, em partes infame escrito por Ed Motta no seu perfil no Facebook, para que o desgaste não seja maior. Quem quiser pode fazer a leitura na íntegra do texto e dos comentários respondidos por Ed no seguinte link.

Mas vamos nós…

Não é a primeira vez que Ed Motta aparece falando mal do Brasil, em inúmeras entrevistas ele deixa claro que não gosta muito dessa terra miscigenada, na própria letra de “Manuel” se canta: “se eu fosse americano minha vida não seria assim”, referindo a América do Norte, talvez até seja por isso, por o Brasil ser um país de varias raças e diversas culturas que ele sempre dá uma “cutucada”. Mas acredito que o que o impulsionou a fazer isso foi realmente um desabafo e um pedido de uma atenção maior ao seu trabalho inquestionável, digo inquestionável porque sua musica e genialidade não se deve questionar, independente de gosto musical. Seu último disco, “AOR” que esta em turnê na Europa e faz parte desse ‘bafafa”, esta simplesmente ou sofisticadamente muito, mas muito bom, podendo ser considerado um dos melhores da carreira.
Não querer cantar “Manuel” na turnê de AOR, tudo bem, entendo que seja cansativo, mas se tratando de uma música que o fez ser conhecido, pode-se pensar num espaçozinho no setlist pelo menos para uma música que faça memória ao seu trabalho.
Mas o pedido de respeito veio com uma série de expressões que Ed não deveria usar. Todo mundo tem o direito de falar o que quer e consequentemente ouvir o que não quer como ocorreu no Facebook, várias pessoas se manifestaram de forma vingativa e agressiva, coisa que não acho que resolva.
Parte do povo brasileiro se sentiu ofendido por ser em sua grande maioria um povo simples sim que mata leões por dia para viver, e traz em si marcas desse suor derramado.  Convenhamos no Brasil nunca foi fácil pra quem é justo e ele conhecendo essa realidade poderia desabafar de uma forma menos agressiva, mas quem, na hora do desabafo consegue “segurar a onda” e medir as palavras? Todos nós estamos sujeito ao erro, mas aprendi em casa a pensar antes de falar.
Não estou defendendo nem esculachando Ed Motta, até porque sou um admirador do seu trabalho, mas também não posso deixar de dizer que ele vacilou sim em algumas falas. Claro que como Brasileiro um bom Mineiro, cidadão e também músico, tenho que consciência que devemos melhorar e muito em todos os aspectos, mas vejo a cada dia que não será falando ainda mais os “podres” que existe por aqui.
Venho de família humilde e não tenho vergonha nenhuma disso, só me faz dar um valor maior ainda à vida e as pessoas. Cresci ouvindo muita música boa senão a melhor música brasileira e mundial que poderia ter ouvido, ouvi também os gêneros tão criticados como axé, pagode (que não é um gênero musical e sim uma expressão que se refere a uma reunião onde se toca e canta samba), sertanejo e uma serie de outras coisas que não me influenciaram e não tenho problema nenhum em ouvir ainda hoje. Nem por isso saio “pulando igual bicho atrás de trio elétrico”.
Como dizia minha avó: “quem apanha nunca esquece” as marcas ficam, mas Ed pediu desculpas na sua página na rede social para as pessoas que se sentiram ofendidas e alega estar passando por um momento difícil, tendo que tomar inúmeros calmantes. Pessoas próximas dele, tanto músicos como familiares, afirmam que isso foi um fato isolado e de certa forma lamentável, por ele não se comportar assim sempre e sim o contrario de todo isso!

Só não seria legal ver Ed Mota ficar igual o Lobão que “vira e mexe” sai falando um tanto de asneira, por não se sentir realizado com sua música.

“SOS Amor”

Perfil - Bruno Vieira - Consolas Tam. 11

 

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