Por Beatriz Sanz
Quase certeza de que o Fila vai me expulsar daqui, pelo simples fato de que eu estou muito mórbida ultimamente. (Ou vai me pagar uma sessão no divã).
Mas hoje é um dia especial e eu não poderia ousar não lembrar. Há exatos 22 anos atrás, uma das maiores mulheres que já pisou nesse planeta ousou morrer. E eu que nem era nascida ainda, sofri por antecipação.
Audrey Hepburn que na verdade se chamava Audrey Kathleen Ruston, era belga, filha de um banqueiro e uma baronesa. Estudou na Inglaterra e durante a II Guerra Mundial, refugiou-se na Holanda, antes que o País fosse invadido pelos alemães. Ela poderia ter aberto mão, pois não era uma guerra que lhe pertencia, mas ela usava de seu próprio dinheiro para alimentar refugiados famintos.
Quando a guerra acabou, Audrey lembrou-se de sua paixão infantil pelo balé, mas sua professora afirmou que ela era alta demais e sem talento para a dança. Precisando ajudar sua família, tornou-se atriz.
Após sua primeira peça, foi convidada para protagonizar “A Princesa e o Plebeu”. A atuação rendeu-lhe o Oscar de Melhor Atriz.
Em 1961, Audrey viveu Holly Golightly em Breakfast at Tiffany’s. Seu maior papel, um ícone da cultura pop, idolatrada (principalmente por mim), até os dias atuais.
E é neste filme que Audrey revela seu lado musical, uma das cenas mais tocantes do filme, quando ela se senta com um violão na varanda e começa a tocar para seu irmão Fred.
Em 1987, decidiu se tornar uma embaixadora da Unicef, em nome da paz e em gratidão a um suplemento de comida que havia salvado sua vida durante a II Guerra. Audrey ajudou milhares de crianças em todo o mundo.
Para os dias atuais, Audrey não deve ser lembrada apenas como uma atriz genial ou a mais bela de Hollywood (título que ganhou em 2009). Audrey é um exemplo de ser humano que dedicou grande parte de sua vida, dinheiro e talento para aqueles que mais precisavam.