Beatriz Sanz Fala, Shows

Razões para ir a um show do Paramore no Brasil (Manifesto de Amor aos Fãs de Paramore)

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Por Beatriz Sanz

Se você pensa em ir a um show do Paramore para ouvir a voz melodiosa de Hayley Williams e acompanhar os riffs de guitarra de Taylor York e o contra-baixo de Jeremy Davis, NÃO VÁ.
Mas caso a sua intenção seja fazer novos amigos, se divertir intensamente e cantar junto a um coral de milhões de vozes, seu lugar é em um show do Paramore, sim.
Este texto deveria ser um resumo do que foi o show do último sábado, no Campo de Marte em São Paulo, quando a banda norte-americana tocou pelo Circuito Banco do Brasil, mas o show em si pode ser descrito em uma palavra: INDESCRITÍVEL!
Então eu resolvi a fazer este Manifesto de Amor aos Fãs do Paramore pelo simples motivo de eles serem os melhores fãs/pessoas.
Comecei a entender isso no dia em que fui comprar os ingressos e voltei pra casa com uns contatos a mais no celular e o coração com mais espaço para alguns amigos.
Uma em especial (e este texto eu dedico a ela), me acompanhou em todo o processo de agonia pré-show. Nos comunicávamos sempre, cada dia mais ansiosas pelo momento em que veríamos nosso trio preferido no palco.
O dia chegou e fomos juntas para a fila, onde fizemos mais amigos. Amigos que te ajudam a trocar de roupa e se uniformizar para o show, amigos que se juntam a você para comprar suvenires para que o vendedor faça mais barato, amigos que te ajudam quando você perde o ingresso (SIM, EU PERDI OS INGRESSOS). Enfim, amigos de verdade, pra todas as horas.
Depois de adentrados os portões começam os shows que vocês encontrarão melhor definidos aqui, mas que descrevo simplesmente como:

  • Pitty: Show incrível. (Quatro Estrelas)
  • Skank: A maior parte do público não conhecia muito bem as músicas, mas o pessoal saiu do chão. (Três estrelas)
  • MGMT: Por favor, tirem essa banda do palco! (Uma estrela e porque sou legal)
  • Paramore: Bem… (UMA CONSTELAÇÃO)
  • Kings of Leon: A Banda é boa, mas como a maioria do pessoal, me incluo nessa lista, queria ver o Paramore e já estava ficando tarde o show estava quase vazio (Não posso dar estrelas).

No intervalo de tempo que se deu os primeiros shows, os novos amigos trocaram confidências e água (quem mora em São Paulo sabe o valor de uma garrafa de água!) e por isso o laço fica mais estreito.
Durante o show do Paramore, a plateia só se acalmou durante as canções The Only Exception e Last Hope, no resto do tempo NINGUÉM ficou no chão.
Os fãs de Paramore são tão acima da média, que a própria banda reconhece isso, tendo sido a única que levou um representante da classe ao palco. E que representante!
Aline subiu no palco, entregou uma bandeira do Brasil com símbolos da banda, girou suas longas madeixas, subiu em cima da caixa de instrumentos da banda, ouviu o baixo de Jeremy ao vivo e ao lado e cantou com Hayley Williams.
A vocalista enquanto isso, não parava! Pulou, correu todo o palco, tocou teclado e DEITOU NO CHÃO. Até agora não entendo como ela não se jogou para o público. Ela ainda leva para casa o prêmio de vocalista que mais interagiu com os fãs da noite.
No resumo do dia eu digo que vi gente desde Minas até Manaus para ver Hayley quase quebrando o pescoço enquanto girava a cabeça, gente que comprou ingresso duas vezes, mas afirmou ter valido cada centavo a pena. E valeu.

Conclusão: Hayley Williams possui a maior presença de palco já vista neste planeta e sua banda possui os fãs que merece.

Parabéns ao Paramore pelo show, e parabéns aos fãs pelo exemplo.

Se você ainda não conhece o trabalho da banda (Em que planeta você vive mesmo?), aqui fica a dica, para você se tornar um adorável Parawhore (como são chamados os fãs da banda):

(Cuidado para não se apaixonar com/por esta Love song)

(Ain’t Fun finalizou o show se sábado e resume o espírito e a sonoridade do trio de Nashiville).

Segue abaixo o show completo:

Perfil - Bia Sanz

Shows

Paramore – Credicard Hall 20/02/2011

Olá amigos, quanto tempo eu não aparecia por aqui né? mais de um ano, mas o que importa é que estou devolta, e vamo que vamo!!!Acompanhado das quatro mais belas garotas do universo, fui pela primeira vez (podem acreditar) ao Credicard Hall acompanhar de perto a apresentação daquela que classifico como uma das maiores bandas da atualidade: Paramore.
E isso já poderia confirmado levando em consideração a quantidade pessoas que se encontravam na parte externa do recinto aguardando a entrada, uma enorme fila saía do estacionamento e dobrava todo o quarteirão do local, não havia outra alternativa a não ser encarar a tal fila gigantesca, mas nada que um bom humor ajudasse, e ate novas amizades conquistei naquela fila que demorou cerca 1hr meia para então se movimentar e todos adentrarem no recinto.

As 17:45 já dentro do Credicard Hall abarrotado de gente fui informado que a banda Paulistana, Fake Number, responsável  pela abertura do show do Paramore já havia se apresentado, o que me causou uma pequena frustração, já que gostaria muito de conferir a performance da banda ao vivo.

E exatamente as 20:00 todas luzes do Credicard Hall se apagam causando gritos e histerias em geral, Taylor York (Guitarra), Jeremy Davis (Baixo), acompanhado dos até então novos integrantes Justin York (Guitarra) e Josh Freese (Bateria) foram entrando um a um e executando uma introdução para ate então uma Hayley Williams endiabrada entrar correndo pelo palco desesperada levando todos os presentes ao delírio, e foi só o baterista contar o tempo no chimbal e os acordes iniciais de “Ignorance” serem soados, para o Credicard Hall vir abaixo, Jogo ganho!!!
Logo em seguida “Feeling Sorry”, também do album mais recente “Brand New Eyes”, foi executada mantendo todo o gas inicial.
Os fãs pós “Riot!” comemoraram muito com a próxima canção: “That’s What You Get”, foi recebida com tamanha empolgação que era arrepiante ver todo Credicard Hall, pulando e cantando com euforia o refrão, já era possivel ver os sorrisos de satisfação de todos, e se o show acabasse ali, já valeria, no entanto indo contra o meu pensamento (ainda bem), a banda fez uma pequena pausa e Hayley aproveitou para interagir com galera que urrava a cada palavra proferida pela pequena diva, nesse instante ela se aproxima do guitarrista e diz que iria tocar uma nova canção, intitulada de “Fast Song”, mas a tal nova canção era nada mais nada menos que a furiosa “For a Pessimist, I’m Pretty Optimistic” e quando tudo já parecia perfeito, pelo menos pra mim, “Emergency” hit do primeiro álbum “All We Know Is Falling” veio em seguida, causando uma explosão Emocional em todos.
O show deu continuidade com os singles: “Playing God” e “Careful”, além de “Decode” a famosa musica do filme Crepúsculo que foi cantada em uníssono, e encerrando assim a primeira parte da apresentação.

Após uma pequena pausa, Hayley volta acompanhada do guitarrista Taylor que na ocasião empunhava um violão e juntos tocaram a canção: “In The Mouring”, após a musica o restante da banda entrou no palco e deram inicio a um set acústico com direito a “When It Rains”, a dançante “Where the Lines Overlap” e a intimista “Misguided Ghosts”.

Mais uma vez a banda sai do palco, mas retorna rapidamente com o baterista Josh já dando deixa de que “Crushcrushcrush” seria a proxima canção, Hayley mas uma vez super carismática disse que se todos não dançassem essa canção, o show encerraria ali, nem precisava exclamar, com a dançante  “Crushcrushcrush” sendo executada, o Credicard Hall se tornou uma verdadeira pista de dança. Para a alegria dos saudosistas, principalmente desse que vos escreve, mais um grande hit do disco de estréia do Paramore foi tocado: “Pressure”, nessa canção, Hayley apresentou toda a banda, inclusive os novos integrantes e finalizou gritando: “This Is PARAMORE”.

Foto por Ananda Deckij

Mantendo o pique: “Looking Up” veio na seqüência, com direito a Hayley usando um oculos New Wave, e dançando de uma forma hilária, arrancando gargalhadas da platéia. “The Only Exception”, a musica numero 1 da grande maioria das rádios brasileiras fechou a terceira parte do set list.

Em poucos minutos, a banda retorna ao palco e manda logo de cara: “Brick By Boring Brick”, o seu tradicional coro: “parapapa pa pa pa” estremecia todo o recinto. No entanto a grande surpresa e ponto alto do show foi a execução da preciosidade “My Heart”, também do album de estréia da banda, que foi pedida insistentemente pela platéia que foi prontamente atendida, numa tocante e arrepiante versão de voz e guitarra, alem é claro do imenso coral que cantava verso a verso com devoção. Importante ressaltar também, que com exceção de alguns, muitos presentes cantavam as letras todas perfeitamente, pronunciando o inglês corretamente, o que me leva a questionar se todos tem uma total intimidade com a língua do Tio Sam, ou se a garotada passa o dia todo decorando as letras da banda?? Fica a duvida.
E pra fechar a noite com chave de ouro: “Misery Business”, o hit que consagrou o Paramore em solo em brasileiro. No meio da canção Hayley chama ao palco dois fãs para cantar e tocar guitarra respectivamente.

Com fim da canção Hayley, Taylor, Jeremy, Justin e Josh vão a frente do palco e despedem do publico brasileiro, encerrando assim a apresentação que durou apenas 1hr e meia.

As expectativas em torno do show eram muitas, afinal fazia três anos que o Paramore havia se apresentado no Brasil, e na ocasião anterior apesar de ter realizado uma grande apresentação, devido a problemas de saúde de Hayley (que na ocasião se encontrava gripada) a banda foi obrigada a encurtar o set list.
A saída dos irmãos Josh e Zac Farro, principais fundadores da banda, também era outro motivo de especulação em relação aos novos integrantes, se eles iriam atender as expectativas e manter a qualidade sonora. Isso sem contar que desde a ultima visita em terras tupiniquins o Paramore se tornou um gigantesco fenômeno musical, o mais recente album Brand New Eyes, teve boa vendagem no pais e singles como The Only Exception, Brick By Boring Brick e Ignorance domina as principais radios brasileiras.
Portanto o publico brasileiro estava mais do que ancioso por uma boa apresentação do quarteto de Nashville, e posso afirmar que nessa noite com término do show, todos foram embora para casa satisfeitos e com as expectativas atendidas.
O Paramore provou nessa apresentação o porque tem sido uma das bandas mais aclamadas do momento, o entrosamento da banda é fantástico, as musicas soam com a mesma perfeição do cd, os novos integrantes Justin York, irmão do também Guitarrista Taylor (Justin em outra ocasião chegou assumir a segunda guitarra do Paramore, substituindo Josh Farro, quando o mesmo recém casado se encontrava em lua de mel) e Josh Freese não deixaram nada a desejar, pelo contrario, esbanjaram profissionalismo, Josh por sinal, na minha humilde opinião foi o melhor instrumentista durante todo o show, tocando com muita tecnica e perfeição, ou sera que só eu percebi ele secando o rosto com a toalha enquanto tocava a primeira estrofe de Playing God?
No entanto por mais perfeita que seja a banda, todas as nossas atenções são voltadas para aquele pequeno ser de 1 metro e meio, de cabelos vermelhos esvoaçantes, dona de uma voz poderosa, de um fôlego sobre-humano, e um carisma sem fim. Hayley Williams merece um parágrafo todo para analisarmos toda a sua performance, ela tem uma presença de palco invejável, ela pula, corre por todo o palco, coloca o pé sobre o retorno e bota a cabeleira pra chacoalhar, dança de forma sensual sem soar vulgar e pejorativa, faz musculação com o pedestal, isso tudo sem perder a potente e belíssima voz, enfim ela é uma verdadeira “Frontwoman”. Em determinado momento do show, boquiaberto com a performance da bela ruivinha, comentei com uma desconhecida ao meu lado: “Caramba, ela só pode ser filha do Bruce Dickinson (Vocalista do Iron Maiden), como consegue cantar e fazer tudo isso?”.

Enfim, sem meias palavras encerro essa resenha desejando vida longa ao Paramore, que a doce Hayley Williams cumpra com o compromisso que ela assumiu diante da fanatica plateia brasileira:
“Que não irão demorar mais três anos para voltar ao Brasil”

Gostaria de agradecer e dedicar esse post as quatro damas que citei no inicio da resenha que estiveram comigo presenciando esse momento magico: Pollyanna, Renata (a maior fã viva de Paramore que eu conheço), e as irmãs Ana Claudia e Lisandra.
E deixo um forte abraço ao pessoal que conheci na fila e compartilhavam comigo as mesmas expectativas do show: Jéssica, Renan, Ingrid e o Seu papai André (Jorge Henrique KKK).
E não poderia deixar de agradecer ao meu querido afilhado Vanderlei que esteve comigo no dia anterior ao show no Credicard Hall, ensinando o caminho para esse jovem vindo do interior =)

Repertório:
Ignorance
Feeling Sorry
That’s What You Get
For a Pessimist, I’m Pretty Optimistic
Emergency
Playing God
Careful
Decode

Set Acustico:
In the Mourning
When It Rains
Where The Lines Overlap
Misguided Ghosts

Crushcrushcrush
Pressure
Looking Up
The Only Exception

Bis:
Brick By Boring Brick
My Heart
Misery Business

Sim, fui testemunha viva da performance ao vivo da maior banda de rock da atualidade.

Abraços a todos e prometo não sumir novamente

Ao som de Foo Fighters – Rope