Melhores do Ano

Os 15 Melhores discos de 2014 + Os 5 Melhores Nacionais por Fila Benário

E chegou aquele momento que todos estavam esperando (e quem vê pensa que o blog está com essa moral toda) a hora de escolher os melhores discos do ano.
Como sempre, fazer essa lista é uma tarefa muito complicada, afinal de contas reduzir em 15 todos os discos lançados e ouvidos no ano é muita covardia, mas se eu fosse citar todos os títulos que tem a minha preferência eu precisaria de mais um ano pra poder terminar a matéria, portanto 15 discos por mais que seja desafiador ainda é um numero aceitável.
Porém a grande surpresa desse ano foi a quantidade de bons lançamentos nacionais que tivemos, até cogitei fazer uma lista nos mesmos padrões para os discos lançados em solo brazuca, mas acabei escolhendo 5 álbuns que de certa forma se fizeram notar.
Bem chega de falatório e vamos ao que interessa, tenho certeza absoluta que muitos nomes citados soarão desconhecidos para grande maioria, ai está uma excelente oportunidade de conhecer a fundo o trabalho desses artistas e ampliar ainda mais os seus horizontes musicais
Então bora lá? Naquele mesmo “esqueminha” de sempre, de ordem decrescente para dar mais emoção: 

15 – Get Hurt – The Gaslight Anthem
15 - The Gaslight Anthem
Já disse aqui no Blog diversas vezes e volto a repetir, uma das maiores revelações da música nos últimos tempos é o The Gaslight Anthem, o quarteto de New Jersey capitaneado pelo “rouquíssimo” Brian Fallon, vai além das amarras dos três acordes e adicionam em seu punk rock diversos elementos magistrais entre eles o Blues e Country.
Tido como o novo Bruce Springsteen, o The Gaslight Anthem tem ousado a cada álbum, e o mesmo aconteceu em seu mais recente disco, Get Hurt, se o mesmo não é absurdamente genial como o seu antecessor Handwritten (2012) pelo menos tem ótimos momentos como a própria faixa título, além das frenéticas Helter Skeleton, Rollin’ and Tumblin’, Ain’t That a Shame e da quase grunge Stay Vicious.
Pra quem tem a mente aberta, é um grande disco, eu recomendo.

14 – Wasted Years – OFF!
14 - OFF!

Keith Morris e sua trupe barulhenta do OFF! reapareceu em 2014 nos presenteando com um novo álbum, Wasted Years pode não ter vindo veloz como o seu antecessor e aclamado debut álbum, mas veio sujo e malvado como sempre.
Os seus principais destaques são com certeza Hypnotized, a canção mais longa da carreira da banda, com inacreditáveis 2 minutos e 15 segundos. Além da cadenciada Time’s Not On Your Side e do inicio mortal com Void You Out.
Definição curta e grossa, como o disco.

13 – Everything Will Be Alright In The End – Weezer
13 - Weezer
Após uma série de discos ruins e até mesmo petições dos fãs que pretendiam arrecadar 1 milhão de dolares para que a banda encerrasse as atividades, o Weezer acordou a tempo de lançar Everything Will Be Alright In The End que faz jus aos bons momentos da sua brilhante discografia e a todo seu legado histórico dentro da cena alternativa.
Canções simples, cicletudas, com refrões fáceis e pegajosos, e guitarras gritantes, isso é Weezer, e isso está presente em seu novo álbum, que contou com a produção de Ric Ocasek, líder do Cars e responsável pelos discos de maior sucesso do grupo de Rivers Cuomo: Blue Album (1994) e Green Album (2001).
Quanto aos destaques musicais são muitos, praticamente o disco todo, mas a abertura mortal com Ain’t Got Nobody, seguida da dançante Eulogy For A Rock Band e da singela Lonely Girl são as cerejas do bolo. Sem contar o épico final divido em três partes: I. The Waste LandII. AnonymousIII. Return To Ithaka.
Bem vindo de volta Weezer.

12 – Antemasque – Antemasque
12 - Antemasque
Com certeza a maior surpresa de 2014 foi o surgimento da banda/projeto Antemasque, grupo formado das cinzas do The Mars Volta e At The Drive-In, conta os dois gênios de ambas bandas à frente, o vocalista Cedric Bixler-Zavala e o guitarrista Omar Rodríguez-López.
Após um grande desentendimento entre Cedric e Omar que culminou no fim do Mars Volta e na turnê de reunião do At The Drive-In, ninguém imaginaria que ambos voltariam a trabalhar juntos, porém o impensável aconteceu, não apenas fizeram as pazes como recrutaram um time de feras para esse projeto, entre eles o baterista David Elitch (The Mars Volta, Killer Be Killed, Juliette Lewis) e o baixista Flea do Red Hot Chili Peppers. Assim o álbum de estréia do Antemasque é melhor trabalho já feito pela dupla desde Relationship of Command (2000), o último disco do At The Drive-In.
Após tantas viagens sonoras, rebuscadas e progressivas com o The Mars Volta, Cedric e Omar voltaram a fazer música simples, pesada, veloz, com pegada Punk/Hardcore com uma leve inclinação pop, como é o caso de 4AMI Got No Remorse, e da sensacional 50,000 Kilowatts.
A maior revelação de 2014 com certeza.

11 – Honor Is All We Know – Rancid
11 - Rancid
Após 5 anos sem lançar material inédito, o Rancid ressurge quase perto do natal nos presenteando com esse grandiosíssimo álbum reunindo toda aquela genial salada musical que só eles sabem fazer: Punk Rock/Hardcore/Ska/Rocksteady e muito mais.
Influenciados pelos vinte anos do lançamento do seu mais importante álbum, o seminal Let’s Go (1994), o Rancid cai de cara no Punk Rock em canções como Already DeadGrave DiggerBack Where I Belong que parecem ter sido retiradas do Tracklist do citado álbum.
Outros principais destaques são as nervosas Collision CourseFace Up que contam com Tim Armstrong e Lars Frederiksen dividindo os vocais, o primeiro com a sua voz rouca e quase falada e o último com os seus característicos e dilacerantes vocais rasgados.
E falar de Rancid sem citar o baixo mágico do gênio Matt Freeman é covardia, Raise Your Fist é um exemplo de como o cara é fera.

10 – Monuments to an Elegy – Smashing Pumpkins
10 - Smashing Pumpkins
Apesar de todas as suas loucuras e bizarrices (como já noticiado aqui), quando o assunto é música, Billy Corgan sempre nos surpreende apresentando o melhor de si, e não é atoa que recebe o título de grande gênio musical da cena alternativa.
Monuments to an Elegy faz parte do insano projeto Teargarden by Kaleidyscope do Smashing Pumpkins que reunirá ao todo 44 faixas. Sonoramente falando, o disco é um cruzamento entre o peso de Machina/The Machines of God (2000) com a esquizofrenia dançante de Adore (1998).
A quebrada Tiberius inicia o disco que encontra o seu lugar com a balada Being Beige que já está tocando a exaustão nas rádios rock do país.
As baterias do disco foram gravadas pelo mestre Tommy Lee (Mötley Crüe), e toda sua genialidade pode ser sentida na canção mais bacana (e pesada) do disco, a sensacional One and All.

9 – Ronnie James Dio “This Is You Life” Tribute – Vários Artistas
09 - Ronnie James Dio
“É de arrancar lagrimas dos olhos”, não existe outras palavras que definem esse super tributo dedicado ao grande baixinho Ronnie James Dio (Elf, Rainbow, Black Sabbath e Dio).
Com um timaço de feras prestando as mais singelas e sinceras homenagens, o disco passeia por todas as bandas onde o pequeno notável arrebentou o seu gogó com a sua voz poderosa.
Do Rainbow, o supergrupo formado na década de 70 por Dio, Ritchie Blackmore (Guitarra) e Cozy Powell (bateria), temos o Motörhead junto com o Biff Byford do Saxon fazendo uma versão de Starstruck, além das versões matadoras de Glenn Hughes e Rob Halford (Judas Priest) para os clássicos Catch the RainbowMan On The Silver Mountain, respectivamente. Até o Scorpions, do qual eu não sou muito fã, está suportável em The Temple of the King.
Pulando para entrada de Dio no Black Sabbath no final dos anos 70, temos o Anthrax fazendo uma versão fiel de Neon Knights, e o Adrenaline Mob, na época com o mestre Mike Portnoy na batera, mandando ver na pesadona The Mob Rules.
A carreira solo de Dio, no grupo de mesmo nome, é celebrada com louvor no tributo com a bacaníssima versão do Tenacious D (banda do ator Jack Black) para The Last In Line. O aclamado Halestorm da estonteante Lzzy Hale marca presença também com a poderosa Straight Through the Heart. E Corey Taylor do Slipknot e Stone Sour surpreende a todos com uma versão mais do que perfeita de Rainbow In The Dark.
Mas não poderia deixar batida a super participação do Metallica em um medley mais do que especial, com quatro músicas do Rainbow: A Light In The Black, Tarot Woman, Stargazer e Kill the King, formam o Ronnie Rising Medley. Sensacional.
Talvez a única bola fora seja a interpretação pra lá de monótona da Doro para Egypt (The Chains Are On), da carreira solo de Dio, mas nada que venha comprometer o resultado final que ainda conta com o próprio Dio encerrando o disco com uma emocionante versão em piano e voz de This Is You Life que fora lançada originalmente no álbum solo Angry Machines (1996).

8 – Sonic Highways – Foo Fighters
08 - Foo Fighters

Antes do lançamento, Sonic Highways era o álbum mais aguardado do ano, porém ele chegou trazendo uma série de decepções. Afinal, esse caminho de grandiosidade onde o Foo Fighters insiste trilhar não condiz com a proposta musical do conjunto que é justamente a simplicidade em suas canções.
Sonic Highways veio pomposo, gigante em suas 8 faixas, com canções longas, enormes passagens de solos, músicas tediosas e soníferas como por exemplo a parte final de What Did I Do?/God as My Witness e as chatíssimas Subterranean e I Am a River.
Porém o que sobra do álbum é louvável, vide as canções CongregationThe Feast And The Famine e a melhor de todo o disco: In The Clear, com a participação mais do que especial da Preservation Hall Jazz Band.

7 – Whoop Dee Doo – The Muffs
07 - The Muffs

Pra quem não viveu com intensidade os anos 90, com certeza não teve a oportunidade de conhecer o The Muffs, Formado por Ronnie Barnett (Baixo), Roy McDonald (Bateria) e pela sensacional, louca e linda Kim Shattuck (Vocal e guitarra) a banda fez um certo barulho na cena alternativa, correndo por fora, mas sempre presente e eficiente com hits do tamanho de Sad Tomorrow.
Acontece que Kim realizou o maior sonho da sua vida sendo recrutada pra ser a baixista do Pixies no lugar da carismatica Kim Deal, porém a sua estadia ao lado da chatíssima trupe de Black Francis/Frank Black durou apenas 10 meses, após a mesma ter sido expulsa da banda por simplesmente ter dado um mosh na platéia após um show.
O que fez Kim? choramingou a oportunidade perdida? não, pelo contrário, reativou o seu Muffs e lançou o seu álbum mais genial e barulhento.
Whoop Dee Doo é um disco que poderia ter sido lançado nos anos 60 em meio a febre Boogie-woogie e Ie-ie-ie, porém com adicional de guitarras distorcidas e displicência Punk. O single Weird Boy Next Door, mais as canções Paint By NumbersWhere Did I Go Wrong e bela balada Cheezy são principais exemplos.
Chupa Pixies, a Kim é nossa!!!

6 – Last Chance To Dance – CJ Ramone
06 - CJ Ramone

Diferente do ex companheiro de banda, Marky Ramone, que faz a sua carreira em cima do seu passado glorioso, CJ Ramone, o último baixista do Ramones, vem apostando em material inédito e autoral, que faz jus e reverencias ao legado da sua ex-banda.
Last Chance To Dance, o seu mais novo álbum solo, lançado pelo grandioso selo Fat Wreck Chords de propriedade de Fat Mike (NOFX), chega trazendo o melhor do Punk Rock 77, canções como Understand Me? que vem emendada com a sensacional Won’t Stop Swinging, além Long Way To GoPitstop parecem ter sido retiradas do icônico Rocket To Russia (1977) dos Ramones.
Mas não só de “One Two Three Four” vive CJ Ramone, a levada Hard Rock e pesada Mr. Kalashnikov e o Hardcore também pesado de Cluster Fuck, mostram as ousadias do baixista.

5 – Playland – Johnny Marr
05 - Johnny Marr

Se no ano passado eu cometi a injustiça de deixar de fora da lista o álbum da estreia solo de Johnny Marr (ex-guitarrista do The Smiths), esse ano eu fiz questão de colocar. Até porque Playland, o seu mais recente álbum, é infinitamente superior que o seu antecessor.
Playland carrega nas suas onze faixas um frescor, uma leveza e ao mesmo tempo uma aceleração punk, e deixa bem explicito quem era o verdadeiro gênio por trás do The Smiths.
Marr é um gênio das guitarras, sua maneira dedilhada de tocar sem uso de distorções já é conhecida por todos, porém a grande surpresa é que o mesmo possuí uma voz agradável e encantadora.
Os principais destaques de Playland é a dançante Easy Money, as punks Boys Get StraightPlaylandBack In The Box. E as belíssimas baladas DynamoCandidate.
Se cuida Morrissey.

4 – World On Fire – Slash Featuring Myles Kennedy and The Conspirators
04 - Slash

O eterno guitarrista do Guns n’ Roses, Slash, tem alcançado grande prestigio em sua carreira solo, após um disco de estréia com a participação de diversos medalhões do Rock. Slash montou a banda de apoio The Conspirators e deu a ela o melhor vocalista da atualidade, o grande Myles Kennedy.
Em World On Fire, o seu terceiro álbum solo e o segundo amparado pelo Conspirators, Slash cometeu a maior insanidade ao colocar 17 faixas no disco, um total de 77 minutos de música, em vista que hoje graças aos downloads ninguém mais ouve discos completos. Porém foi uma excelente insanidade, levando em consideração que todas as faixas World On Fire são ótimas.
Shadow Life, Automatic Overdrive, 30 Years to Life, Avalon, Dirty Girl, The Dissident, além da faixa título, fica até difícil escolher apenas um destaque de World On Fire, que ainda tem as baladas arrasa quarteirão Bent to FlyBattleground, a “Guns n’ Rosiana” Stone Blind, o instrumental épico Safari Inn com Slash despejando uma tonelada de solos técnicos e a sensacional e grudenta Iris of the Storm.
Quem é Axl Rose mesmo?

3 – Beauty & Ruin – Bob Mould
03 - Bob Mould

De repente Bob Mould passou de desconhecido da grande massa, para status cult. Participação no cd do Foo Fighters (Wasting Light) e também no documentário da banda (Back and Forth), Mould soube aproveitar o momento e lançou o melhor álbum da sua carreira solo, o sensacional e pesado Silver Age (2012), com guitarras distorcidas e um retorno ao punk rock, que o mesmo havia sepultado em seus trabalhos mais experimentais.
Gozando de popularidade em pleno século XXI, Bob Mould resolveu prestar um tributo a si mesmo em seu mais novo álbum, Beauty & Ruin, onde ele resgata todas sonoridades já exploradas e navegadas pelo mesmo em mais de 30 anos de serviços prestados ao rock alternativo. Tem o Punk Rock descarrilhado do Hüsker Dü, o Pop Punk do Sugar, as pirações eletronicas do album Modulate (2002), a introspecção de Life And Times (2009), tudo isso em canções sensacionais como I Don’t Know You AnymoreHey Mr. GreyThe WarLittle Glass PillTomorrow Morning.

2 – The Birds Of Satan – The Birds Of Satan
02 - The Birds Of Satan

Se enganou quem pensou que o super lançamento do Foo Fighters iria ofuscar o novo projeto do baterista Taylor Hawkins, se o nome The Birds Of Satan não é um dos melhores, a música no entanto é aprovadíssima.
Usando e abusando da técnica, Hawkins debulha a sua bateria e sincroniza perfeitamente com os seus característicos e impressionantes vocais rasgados. Somos surpreendidos logo na faixa de abertura The Ballad of the Birds of Satan um épico de nove minutos de duração, com uma constante variação de temas e todos muito bem tocados.
Thanks for the Line o primeiro single do álbum, chegou chegando, com muitas quebradas desconcertantes e geniais. Outros destaques do álbum de estréia auto intitulado são as canções RaspberriesNothing at All.
O único defeito do disco são as poucas faixas, sete ao todo.
É Dave Grohl, você está criando um monstro, e o nome dele é Taylor Hawkins.

1 – Transgender Dysphoria Blues – Against Me!
01 - Against Me!

E em primeiríssimo lugar na nossa lista o mais novo álbum do grupo de Punk Rock Against Me! e o primeiro com o vocalista Tom Gabel assumindo a sua identidade sexual atendendo pelo nome Laura Jane Grace.
Gravado ao lado de um time de feras, o baixista Fat Mike do NOFX e o baterista Atom Willard (Ex- The Offspring, Angels & Airwaves e Danko Jones), o disco vem todo especial, ora pesado calcado no Punk em canções furiosas como Obama Bin Laden As The Crucified Christ e Drinking With The Jocks, ora simplório e poético em belíssimas canções como FuckMyLife666Dead FriendParalytic States e na faixa de abertura Transgender Dysphoria Blues.
Laura Jane Grace está mais livre, mais feliz com a sua real condição e por isso que o disco veio tão especial e apaixonante de ouvir.
Sua experiencia transexual é narrada na canção True Trans Soul Rebel que com certeza é a melhor de todo o álbum, que por si só é genial por inteiro.
Pra quem ainda não conhece o grupo, ta ai uma excelente oportunidade, é o Against Me! em sua melhor e verdadeira forma.
Vida longa a Laurinha.

OS CINCO MELHORES NACIONAIS

5 – Cantigas de Roda – Raimundos
05 - Raimundos

Com mais de duas décadas de serviços prestados ao Rock Nacional, teria os Raimundos mais alguma coisa a provar? E a resposta a essa pergunta vem com o mais novo álbum Cantigas de Roda, o segundo de estúdio com o guitarrista Digão nos vocais, que chegou pesado e violento logo na abertura com a veloz Cachorrinha.
Baculejo vem trazendo aquele tom pop comercial da banda, sem perder a pegada. Outros destaques de Cantigas ficam por conta do divertido Ska-Core Gordelícia, e da regravação de mais um clássico do velho Zenilton a genial Gato da Rosinha, além da ousada Dubmundos que conta com a participação de Sen Dog do Cypress Hill.
Para os fãs de Hardcore, o disco ainda tem as canções Rafael, Nó Suíno e Politics.
No mesmo ano a banda lançou via Som Livre, o DVD/CD Cantigas de Garagem, com todo conteudo de Cantigas de Roda com mais cinco clássicos da banda gravados ao vivo no estúdio.

4 – Não Pare Pra Pensar – Pato Fu
04 - Pato Fu

Há sete anos sem lançar material inédito, os fãs do Pato Fu estavam ardosos na esperança de uma música inédita de Fernanda Takai e cia. No entanto a espera foi recompensada, eis que chegou em nossas mãos, Não Pare Pra Pensar, o décimo álbum da carreira do grupo mineiro, que fica marcado pela estréia do baterista Glauco Nastacia também do Tianastácia, e também pela volta do guitarrista John Ulhoa nos vocais, um deleite aos fãs que sonhavam com esse momento. E é inclusive de sua voz que sai as melhores canções do álbum, a oitentista Ninguém Mexe Com o Diabo e a sensacional You Have To Outgrow Rock’n Roll. Já Fernandinha Takai nos presenteia com a sua doce voz nas canções Siga Mesmo no Escuro e na dançante Cego Para as Cores.
Os demais destaques do álbum é a própria faixa título além dos Rock n’ Roll Mesmo Que Seja Eu, Eu Era Feliz e da marcante Pra Qualquer Bicho com a participação especial do histórico Ritchie.

3 – Não Estamos Sozinhos – Bula
03 - Bula

A maior revelação do Rock Nacional e o disco mais autêntico já ouvido por mim, a banda Bula surgiu das cinzas das bandas Charlie Brown Jr. e a Banca, após a morte dos dois frontman de ambos conjuntos, o grandioso Chorão e o baixista e vocalista Champgnon. O Power Trio formado por Marco Britto (Vocal e Guitarra), Lena Papini (Baixo) e Pinguim (Bateria) é de grande valia, já que a qualidade dos músicos envolvidos é de altíssima, somadas as grandes músicas apresentadas pela banda como o single Duas Caras, e as enérgicas Ela Nasceu Pra Mim, Dilemas, Só Na Contabilidade, Voar com Você e O Sol Dela Brilhou, além da belíssima e tocante balada Armas de Lado que lembra bastante a canção Como Tudo Deve Ser do CBJr.
Marco Britto desempenha bem a função de vocalista, além de ser um exímio guitarrista, revelando de uma vez  por todas quem era o verdadeiro talento da finada banda santista.

2 – Século Sinistro – Ratos de Porão
02 - Ratos de Porão

Será que na imensa barriga do João Gordo há uma gigante reserva de vinho que com tempo vai ficando cada vez melhor?
Talvez essa seja a explicação plausível para cada álbum sensacional que o Ratos de Porão vem lançando a cada ano. Século Sinistro, o mais novo disco dos pais do Punk/Hardcore no país do samba é sensacional, pesadíssimo com João Gordo urrando palavras de ordem de uma sociedade descontente de todas as mazelas do mundo.
Grande Bosta, Sangue e Bunda (que conta com participação especial do porquinho de estimação de Gordo), Prenúncio De TretaViciado DigitalPra Fazer Pobre ChorarNeocanibalismo, traz o melhor do Ratos de Porão, muito peso, agressividade e velocidade.
O verdadeiro Punk Rock está aqui, obrigado Ratos.

1 – Nheengatu – Titãs
01 - Titãs

Óbvio que o melhor disco nacional do ano seria da melhor banda nacional de todos os tempos.
Os Titãs voltaram as origens e lançaram o seu melhor disco em anos, Nheengatu é muito mais que um “Cabeça Dinossauro revistado” com a mídia têm afirmado, Nheengatu é o Titãs em sua melhor forma musical. Com numero reduzido de integrantes, outrora um octeto, hoje contando com quatro integrantes originais e mais o sensacional suporte do baterista Mário Fabre, a banda nos presenteia com um desfile sem fim de músicas pesadas, velozes e contestadoras.
A abertura com Fardado já vale o disco todo, porém ele ainda nos reserva grandes músicas como Mensageiro Da DesgraçaRepública Dos Bananas, Fala RenataChegada Ao Brasil (Terra À Vista), Pedofilia e Flores pra Ela, essa última é sensacional, retratando o drama vivido pelas mulheres que sofrem violência doméstica.
Ei Vanguart, Teatro Magico, Garotas Suecas e demais porcarias que dizem fazer rock no Brasil, ouçam esse disco de cabo a rabo e aprendam de uma vez por todas com os mestres da arte.

Fique ligado que amanhã (o último dia do ano) faremos uma singela retrospectiva dos melhores momentos do Fila Benário Music em 2014.

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2 comentários em “Os 15 Melhores discos de 2014 + Os 5 Melhores Nacionais por Fila Benário”

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